Diretor da ANTAQ defende utilização de águas interiores do Maranhão

Nesta terça-feira (1º), em São Luís (MA), o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Adalberto Tokarski, participou da abertura do evento Hidrovias do Maranhão: Potencialidades no transporte de cargas e passageiros.

O encontro, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte – Adecon, contou com o apoio da Empresa Maranhense de Administração Portuária – Emap e da Fiema, representadas pelos seus presidentes, Ted Lago e Edilson Baldes, e o diretor da Federação das Indústrias do Piauí – Fiepi, Islano Marques, e reuniu representantes do setor produtivo, governo, autoridade portuária, academia e instituições técnicas, totalizando 70 participantes. Após o encontro, o diretor da ANTAQ, em companhia do chefe substituto da Unidade Regional da Agência em São Luís, Henrique Lima, integrou comitiva em visita técnica ao Porto do Itaqui.

Na oportunidade, Tokarski falou sobre as vantagens do modal hidroviário para circulação de mercadorias e pessoas no Maranhão e estados vizinhos. “O modal hidroviário, além de mais eficiente e econômico para o transporte de grandes quantidades de cargas, também é o que gera menos acidentes e é o mais amigável ambientalmente. Com certeza, a logística de transportes maranhense terá ganhos expressivos de eficiência ao viabilizar o modal”, apontou.

O diretor, que deixará a ANTAQ nos próximos dias, após mais de 15 anos de serviços prestados à Agência e ao transporte aquaviário brasileiro, lembrou que além dos rios estaduais, o Maranhão também é servido por rios federais, formando uma grande malha dotada de grande potencial de navegação. “O importante é criar oportunidades para que os empresários, inclusive de fora do estado, se interessem em investir no modal, com ganhos para o setor produtivo, geração de empregos e renda e prestação de serviços de qualidade”, manifestou.

Em relação à Hidrovia do Parnaíba, que, além do Maranhão, abrange também os Estados do Piauí e Ceará, Tokarski mencionou a existência de um projeto de navegação saindo da região de Balsas, no Maranhão, seguindo até a Barragem de Boa Esperança, transpondo a eclusa de Boa Esperança, que ainda não está terminada, para transportar mercadorias até Teresina e, daí, seguir para o Porto do Itaqui pela Ferrovia Transnordestina. “Com isso, poderá se agregar mais de três milhões de toneladas de cargas, contemplando uma região maior para circulação de insumos”, avaliou.

O diretor da ANTAQ explicou que o projeto de navegação no rio Parnaíba está parado, mas que poderá ser retomado, caso a hidrovia venha a ser concedida. O concessionário – e já há empresas interessadas em operar a hidrovia, segundo ele – terá de concluir a eclusa, fazer a dragagem e navegar. Tokarski observou ainda que a ANTAQ poderá conduzir esse processo, “pois está na sua competência celebrar atos de outorga de concessão para exploração de infraestrutura aquaviária”, e mencionou que a Agência está elaborando o plano geral de outorgas das infraestruturas aquaviárias, que será brevemente apresentado ao Ministério da Infraestrutura.

Para demonstrar a representatividade da navegação fluvial na logística, o diretor da ANTAQ mencionou a visita técnica que fez, no segundo semestre de 2021, liderando uma comitiva de 40 pessoas ligadas à logística de transportes e do agronegócio, ao Corredor do rio Tapajós, saindo de Sinop, no Mato Grosso, pela BR 163, chegando à Miritituba/Itaituba, no Pará, e navegando até Santarém. Segundo ele, a viagem mostrou o expressivo crescimento da infraestrutura aquaviária da região em relação há dez anos, quando se iniciou a construção dos primeiros terminais fluviais da região.

Mas para que a navegação interior se torne realidade no Maranhão, Tokarski frisou que será necessário haver um grande esforço envolvendo os diversos agentes intervenientes – Adecon, e Emap, com o apoio da Federação das indústrias e de outros setores, para construir um plano de ação de longa duração voltado a viabilizar o transporte fluvial. “Só assim alcançaremos a racionalidade logística e a eficiência no transporte de pessoas e cargas”, afirmou.

Fonte da notícia: Adecon

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima